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Os Bolsominions tomaram o centro das discussões políticas do Brasil nos últimos anos, com a crescente popularidade do presidente Jair Bolsonaro e do seu governo. Mas quem são eles, afinal? Bom, a palavra é uma junção do sobrenome do presidente - Bolsonaro - com a expressão minions, referentes aos personagens amarelos e de óculos do filme Meu Malvado Favorito. Esses personagens são leais ao líder da história, o vilão Gru, assim como os Bolsominions são fiéis ao presidente Jair Bolsonaro.

O movimento dos Bolsominions surgiu durante as eleições presidenciais de 2018, quando Jair Bolsonaro disputou com outros candidatos em uma campanha eleitoral acalorada. Em vários momentos, durante e após a campanha, os apoiadores de Bolsonaro fizeram acusações, xingamentos e agressões verbais a seus oponentes ou aqueles que criticavam seu candidato. Esse comportamento agressivo e extremista ganhou mais visibilidade durante a campanha eleitoral e continuou após Jair Bolsonaro tomar posse como o 38º presidente do Brasil.

Os Bolsominions se apresentam como oposição a partidos políticos que defendem as pautas progressistas e os movimentos sociais, especialmente o Partido dos Trabalhadores (PT), que governou o país por quatro mandatos consecutivos. Alguns de seus argumentos incluem o combate à corrupção, a promoção do patriotismo e dos valores cristãos, a defesa da família tradicional e o livre mercado. Eles veem Jair Bolsonaro como o guerreiro que irá vencer a guerra cultural contra a esquerda, que supostamente quer transformar o país em um paraíso socialista.

A polarização política veio à tona com força total nas últimas eleições, dividindo as pessoas em dois grupos principais: os que apoiam o presidente Bolsonaro e os que criticam seu governo. Com o tempo, a polarização política se ampliou para outras esferas, incluindo questões raciais, de gênero, dos direitos humanos, ambientais e até a pandemia da COVID-19, que dividiu os apoiadores do governo em dois grupos: aqueles que querem o país voltando ao normal o mais rápido possível e aqueles que defendem a ciência e medidas restritivas para evitar a propagação do vírus.

A popularidade dos Bolsominions atingiu seu ápice em 2019, quando muitos estudantes e professores saíram em protesto contra a política educacional do governo e a tentativa de censura de ideias dentro das escolas. Bolsonaro encorajou seus apoiadores a denunciarem os professores que discutissem temas relacionados à sexualidade, gênero e ideologia de gênero. Isso gerou uma onda de protestos, que foram alvo de críticas severas dos Bolsominions. Eles acreditam que os protestos são na verdade doutrinação comunista, e que os professores estão tentando transformar as crianças em ativistas LGBT.

É importante ressaltar que nem todos que apoiam Jair Bolsonaro são Bolsominions, mas muitos apoiadores assumem esse nome com orgulho. Mas quem é contra Bolsonaro é automaticamente classificado como comunista ou petista, independentemente dos partidos políticos que essas pessoas apoiam. O Brasil vive um momento de crise política e econômica, e é fundamental que as pessoas sejam capazes de dialogar e respeitar opiniões diferentes, sem depender de rótulos para indicar simpatias ou antipatias.

Em suma, os Bolsominions representam um dos movimentos mais controversos e polarizantes do governo Bolsonaro. Eles se apresentam como oposição a partidos políticos e movimentos sociais que defendem pautas progressistas, e enxergam o presidente Jair Bolsonaro como o único guerreiro capaz de combater a esquerda. A polarização política brasileira vive em alta e é necessário ter em mente que o diálogo e o respeito são fundamentais para uma convivência democrática saudável.